15/02/2013

Manifesto

Cruzamento da Rangel Pestana 
                                                                         

Depois de muito pensar, resolvi expor aqui minha experiencia com algo que presenciei sexta passada.
Eu estava fazendo alguns serviços externos e ao me aproximar do farol da Av. Rangel Pestana com a Pq. Dom Pedro, avistei uma senhora idosa, acima de 80 anos e ao lado um rapaz com um olhar assustado a escorando. Me aproximei por achar que talvez a mesma estivesse passando mal, e lá fui informada de que o rapaz não a conhecia apenas a vira com extrema dificuldade de locomoção apos ter sido liberada sem qualquer acompanhante do A.M.A da Sé, a  mesma informava que morava proximo ao viaduto Maria Paula e que usava um onibus que saia do terminal, porem a mesma mal conseguia andar, tinha seu braço e mão esquerda imobilizados por uma especie de tala, usada para conter vitimas de derrame, e pela frente até o terminal existia o longo farol da Av. Rangel Pestana, pensamos em, leva-la no colo mas a mesma gemia de dores ao menor contato, pedimos o apoio de um Agente da CET que parou uma pista da avenida a fim de permitir a travessia a senhora levou mais de 5 min para cruzar uma faixa, e percebemos que não havia menor condição de deixa-la ir so para casa.
  Nesse momento o Agente da CET já fazia parte da jornada, questionamos a senhora sobre parentes e ela disse ser sozinha, o agente tentou contato com a CET para um possivel apoio, mas nos informou que eles estavam proibidos de prestar socorro, liguei 190 e o atendente informou que não tinham tambem autorização para levar e que as viaturas não tinham espaço adquado para o transporte, fizemos contato com a Samu porem fomos informados que a samu só levaria para o hospital, o Agente atravessou a avenida em sentido a uma viatura da GCM que fica parada dentro de um centro de convivencia de moradores de rua e viciados, em contato com os mesmos informaram que não poderiam sair daquele local, em um ato de desespero corri até o terminal de onibus lembrando que lá eles teriam de possuir cadeiras de roda e maca, mas para meu desgosto possuiam sim, mas não podia ser retirada do terminal, voltei para o mercado Vovo Zuzu em frente imaginando que pelo tamanh dele ele teria de ter esses equipamentos, mas nada em uma ultima tentativa ligui novamente 190 e apos contar todas minhas tentativas para o atendente ele compadecido  me orientou de forma decepcionada, se a senhora conseguir leva-la a té uma base ou posto da PM a Policia Militar vai se virar e arranjar um meio de prestar esse apoio. E foi nesse momento que em um ato de desespero avistei um onibus com um motorista conhecido acenei o mesmo parou eu lhe expliquei a situação e o mesmo prontamente parou o onibus colado a calçada onde  a senhora se  encontarava o cobrador com toda amabilidade ajudou a acomoda-la no banco e ela e o rapaz que em nenum momento a desamparou partiram em busca de um posto da PM no caminho do onibus; Não pude sequer perguntar o nome do rapaz mas por tudo que vi só posso chama-lo de meu Heroi, e agradecer aqui a todos esses herois que param as suas vidas para ajudar ao proximo sem esperar nada em troca.
Segui meu caminho para o serviço me sentindo estranha, uma mistura de revolta com o sistema e fé na humanidade, e a sensação cada dia maior que não quero viver tanto tempo, pois enquanto o mundo se agitava a sua volta a senhora ficara ali em silencio, parada e com um olhar de impotencia.


Peço aos orgão do governo que depois da tragedia em Santa Maria, passaram a fiscalizar mais assiduamente baladas, façam isso sim , mas fiscalizem tambem, hospitais, terminais de onibus e metro, grandes comercios, mas acima de tudo fiscalizem seu proprio  serviço. 
        

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